Hoje é dia 25.07.24 é dia do escritor. Parabéns para todas as escritoras e escritores por tecerem a arte da escrita como uma forma de resistir para poder existir.

Compartilho com você uma breve linha do tempo da minha escrita. Para quem está chegando agora ao Alma Colorida pode ficar surpreso ao saber que além da psicologia, sou escritora. Acredito que as duas artes se complementam, a de escrever e de escutar.
Na escrita posso brincar de reinventar histórias. Elaborar novos destinos, criar novos caminhos e até mesmo organizar o meu mundo interno. Sou portadora de uma mente criativa que sempre está em busca de novas formas de inspiração.
Ao transcorrer da minha jornada como escritora fui descobrindo formas diferentes de lidar com o caos interno e do lado de fora. Através do que expresso no papel, posso expressar toda a liberdade de projetar sentimentos, sensações, pensamentos, desejos, vontades sem medo.
A escrita liberta as amarras sociais, dissolve fantasmas , aos meus sonhos. Uma espécie de passaporte mágico onde posso ser protagonista das minhas tramas, enredos e segredos. Um descortinar de tantas sutilezas que me permite poder existir sem sentir a pressão do pertencer.
Hoje submersa dentro do Espectro Autista percebo o quanto a escrita sempre foi meu único meio de sobreviver. A forma mais pura e genuína que encontro para poder exercer o papel que cabe a mim, ser eu mesma. Como se a medida que o papel ganha forma, consigo expor as minhas ideias sem medo das retaliações e julgamentos.
Neste emaranhado ao expor ao mundo o que escrevo, algo mágico passa a acontecer. Há pessoas que se identificam, cria uma bonita troca de vivências. Mas mesmo que não houvesse público, se ficasse apenas nos bastidores, preciso escrever para poder existir.
Enquanto houver tempo, espaço e desejo, escrevo.